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Coluna da Bruna: ensaio-entrevista com Verena Smit

5 minutos de leitura
Fotos: Bruna Valença

Conheci o trabalho da artista visual Verena Smit já há alguns anos e sou fã assumida. Quando penso nela, visualizo uma artista inspiradora, já que ela faz um pouquinho de tudo − e muito bem: é fotógrafa, ilustradora, escritora, faz performances, trabalhos manuais…

Pra se ter uma ideia, a paulistana se tornou, em 2015, a única brasileira a integrar o time de colaboradores dos projetos artísticos da Gucci. Fora isso, já lançou livro (“Lovely“) com um compilado de suas fotos e também virou hit nas redes sociais, onde sua arte da linguagem é amplamente divulgada (já conhece o perfil dela no Insta, o @verenasmit?).

Sentei com ela numa tarde de calor em SP para uma conversa e conhecer o ateliê de pertinho.

BRUNA: Como você definiria seu trabalho atualmente?

VERENA: Muito difícil defini-lo, na verdade. Comecei fotografando, depois escrevendo… Hoje faço bordados, desenhos, objetos em cerâmica, peças em bronze e, muito recentemente, me aventurei na performance. Meu trabalho vai ganhando outros formatos, conforme me interesso por novas questões.

Acho que, de uma certa forma, tudo ainda gira em torno da linguagem e da palavra, que é a minha grande pesquisa. Mas sinto que os relacionamentos e o amor também são questões que eu sempre abordo.

O trabalho vai mudando conforme eu mudo. Sinto que, hoje, meu trabalho também está mais maduro e menos dramático (risos).

BRUNA: Qual sua memória mais antiga em começar a criar?

VERENA: Sempre fui muito inquieta e criativa, desde pequena. Estava constantemente mudando os móveis do meu quarto de lugar, pintando coisas, era algo natural… Aí, quando eu tinha uns 14, 15 anos, comecei a fazer teatro e também pintura. Isso me levou a decidir fazer faculdade de Cinema e, depois, Fotografia.

BRUNA: O que te inspira e te tira da zona de conforto na hora da criação?

VERENA: O que me inspira é o silêncio. O silêncio é algo muito poderoso. E ver outros trabalhos de arte também me inspiram bastante. A internet, pra mim, é um grande poço de ideias. Então, acho que ficar em silêncio vendo trabalhos de arte na internet é algo realmente inspirador pra mim.

O que me tira da zona de conforto é fazer algum trabalho com alguém me olhando. Mas como, recentemente, fiz uma performance, tem sido um desafio interessante e importante.

“O trabalho vai mudando conforme eu mudo. Sinto que, hoje, meu trabalho também está mais maduro e menos dramático (risos)”

BRUNA: E como foi colaborar com uma marca como a Gucci?

VERENA: Colaboro desde 2015 com a marca, logo quando o Michele [Alessandro Michele, diretor criativo da label italiana, o cara por trás da revolução de estilo da Gucci], entrou. O primeiro contato, foi via email: o Alessandro me escreveu dizendo que gostava muito do meu trabalho e que estava me convidando para uma campanha digital global só com artistas. Eu realmente não acreditei, fiquei em choque! Desde então, todo ano, eles me convidam para alguma campanha ou colaboração. Acabei de fazer uma turnê na América Latina para divulgar o novo perfume deles [ o Gucci Bloom Acqua di Fiori], levando minha arte para algumas clientes.

É um prazer enorme estar fazendo parte de uma marca que, hoje em dia, é a #1 de desejo na moda. O Michele é genial, a forma como ele está trazendo artistas para colaborar em várias frentes é muito precioso. Ele está olhando pro mundo à sua volta, e isso é raro hoje em dia.

Aqui acima, um pouco da arte da Verena, nos posts que bombam de curtidas e regrans no Insta…

Gostou do ensaio? 
Continue comentando (aqui e lá no @brunavalenca). Tô louca pra saber o que estão achando da coluna!

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