Qual foi a última vez que você ficou sem fazer nada? Nós sabemos que, com uma rotina cheia de obrigações, isso é difícil, e a era da produtividade na internet deixa tudo ainda mais complicado. Afinal, quando não fazemos nada, acabamos sentindo culpa: até o nosso lazer precisa “servir a algo”.

O que é “niksen”?
Recentemente, um conceito holandês voltou a fazer sucesso. Estamos falando do “niksen”, que significa “não fazer nada”. O sentido dessa palavra não é relacionado à preguiça: é sobre a necessidade de descansar sem receio e se permitir existir sem produtividade.
De acordo com essa “prática”, a ideia é descansar de verdade a cabeça, gerenciando o estresse e melhorando a ansiedade e, claro, o esgotamento, seja ele mental ou físico. Um livro chamado “Niksen: Abraçando a Arte Holandesa de Não Fazer Nada”, da linguista Olga Mecking, define o ato como: “criar tempo para apenas ser, deixando a mente vagar para onde ela quiser ir.”
O celular está fora dessa
Não pense que “não fazer nada” é a mesma coisa que ficar horas rolando o feed das redes sociais: o objetivo é aproveitar o momento também fora das redes, só que de um jeito muito simples.
Você pode começar, por exemplo, parando o que está fazendo por dois minutos, e respirando fundo, evitando pensar nos problemas.
Você também pode escolher um lugar confortável da sua casa, que pode ser o sofá, a cama, uma cadeira, e simplesmente observar e apreciar o local sem pretensão. Não é necessário músicas, velas, nada (a não ser que você queira). De qualquer forma, evite pensar em gerar conteúdo nesses momentos.
Outra dica é sair de casa para tomar um café ou visitar locais acolhedores, como livrarias, parques, movimentar o corpo e, quem sabe, até mesmo se exercitar.
Porém, isso é ainda mais intenso se o propósito é relaxar e não construir algo necessariamente produtivo. O foco é sair da ideia constante de que tudo precisa se tornar algo maior.
Parece simples, e de fato é. Acontece que, com a internet e a rotina, deixamos de fazer algo que gostamos por prazer, para transformar em “produto”. É isso que o “niksen” tenta mudar com o tempo.
