Existe um ritual para se manter criativa? De acordo com essas escritoras e artistas, sim. Não estamos falando de coisas mirabolantes, mas de atitudes simples: acordar de madrugada para ver o sol nascer, fazer longas caminhadas e até mesmo tomar café completamente sozinha e em silêncio.
Abaixo, separamos os rituais feitos por mulheres inspiradoras e criativas, responsáveis por grandes obras ao longo da vida. E aí, você tem algum ritual para ativar a criatividade?

Joan Didion, escritora
Ela começava a manhã com uma latinha de Coca-Cola e amêndoas. Escrevia o máximo que podia ao longo do dia. No final, tomava um drink para relaxar e editar. Enquanto estava terminando um romance, Joan costumava dormir no mesmo quarto que o manuscrito. “O livro não te abandona quando você está dormindo perto dele”, dizia a escritora.
Joan é conhecida por obras como “O Ano do Pensamento Mágico” (2005), Noites Azuis (2011) e o seu livro póstumo, “Notes to John”.

Susan Sontag, escritora, cineasta e ativista
Frequentemente escrevia entre “picos de energia” durante 18h ou 20h horas por dia. O seu diário, que foi publicado, continha uma lista de regras que ela fazia para si mesma: acordar às 8h, sem ligação durante a manhã, só poderia sair para almoçar se fosse com o seu editor, ler durante a noite. Ela disse que poderia quebrar apenas duas dessas regras por semana.
Susan Sontag é conhecida pelos livros: “Notes on Camp” (1964), “A Doença como Metáfora” (1978), “AIDS e suas Metáforas” (1989) e “Diante da Dor dos Outros” (2003).

Maya Angelou, poetisa, escritora e ativista
Acordava às 5h30 da manhã e tomava café com o seu marido. Em seguida, trabalhava em um hotel/motel até às 12h30. Se o trabalho desse errado, ficava no local até sentir que estava tudo certo. Logo após, ia para casa, revisava o trabalho, tomava banho e preparava o jantar. Por fim, ela lia o que escreveu ao marido, e pedia para que ele não fizesse comentários.
Maya Angelou escreveu obras como “I Know Why the Caged Bird Sings” (1969), “The Heart of a Woman” (1981), “From a Black Woman to a Black Man” (1995).

Donna Tartt, escritora e romancista
Escreve pelas três primeiras horas da manhã, normalmente na Biblioteca Pública de Nova York. Encontra descrições para os seus personagens em pedestres. Escreve quase sempre à māo, em um caderno. Usa codificação por cores para revisar seus textos. Se o trabalho estiver dando certo, escreve até se sentir cansada. Caso contrário, pára e vai fazer qualquer outra coisa.
Donna é super conhecida pelo livro “O Pintassilgo”. A obra ganhou o Prémio Pulitzer de Ficção de 2014.

Elsa Schiaparelli, estilista italiana
Acordava às 8h da manhã. Tomava suco de limão e chá no café da manhã, lia o jornal, respondia ligações e cartas. Se o tempo estivesse bom, andava até seu estúdio e trabalhava até às 19h. Ela já disse que a maioria das suas criações aconteciam na sua cabeça enquanto estava andando ou dirigindo.

Georgia O’Keeffe, pintora pioneira do modernismo
Acordava de madrugada, acendia a lareira e assistia ao nascer do sol. Às 7h da manhã, ia até o estúdio, fazia uma refeição leve às 16h30. Terminava o seu dia com uma longa caminhada.

Clarice Lispector, escritora
Ela acordava entre 4h30 e 5h. Tomava café sozinha, sem nenhuma interferência. Aproveitava a manhã para escrever e fazia isso até às 7h. Apesar disso, tinha o hábito de anotar os seus pensamentos em qualquer horário do dia. “É isso que se chama inspiração”, comentou ela, em entrevista ao programa Panorama.
Clarice escreveu grandes clássicos, entre eles: “A Paixão Segundo G.H” (1963), “Água Viva” (1973), e “A Hora da Estrela” (1977).
