Estamos na era da alta performance nas redes sociais. Não se trata apenas do fato de mostrarmos aquilo que fazemos para a internet, mas sim de garantirmos que somos bons naquilo, e isso inclui até mesmo os exercícios físicos.
Nós já estamos cansados de saber que se exercitar é algo extremamente necessário para o corpo e a mente, só que é preciso dosar. Se você quer ser igual aquela influenciadora fitness (que trabalha com isso, inclusive), ou a uma atleta que você ama, entenda antes de tudo os seus limites e a sua rotina. A verdade é que nem todos precisam treinar como atletas apenas para mostrar uma alta performance online.

A saúde precisa estar em primeiro lugar
“As redes sociais potencializam a busca por exercícios físicos, o que é incrível, mas desde que não gere um excesso. Muitas pessoas tomam como base atletas e buscam agir da mesma forma para conquistar os mesmos objetivos. Sem muito conhecimento, ultrapassam os limites do que é sadio e ocasionam o excesso de treino, ou overtraining”, diz Evandro Felix, personal trainer.
Esse excesso de treino pode acabar gerando mais problemas do que soluções, algo que não queremos de jeito nenhum no nosso dia a dia.
De acordo com o profissional, você pode notar um crescimento nas lesões físicas (como tendinites e fraturas), problemas psicológicos (estresse, ansiedade, depressão e insônia), distúrbios metabólicos e hormonais (fadiga, perda de apetite, desequilíbrios hormonais) e enfraquecimento do sistema imunológico.
Quais são as recomendações?
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, é recomendado que os adultos pratiquem pelo menos 150 a 300 minutos de atividade física aeróbica de intensidade moderada por semana.
Vamos facilitar? Isso dá cerca de 3 dias por semana, com treinos que duram por volta de 50 minutos ou 1h30, mesclando exercícios musculares, aeróbicos e alongamentos. Caso você faça exercícios de intensidade vigorosa, o tempo fica entre 75 a 150 minutos por semana.
Além disso, é importante prestar atenção na complexidade dos exercícios, bem como na intensidade. Nesses casos, ter um médico ou um treinador para te auxiliar pode ser um diferencial necessário.
“Isso garante os resultados e eficácia dos treinos, bem como a prevenção de doenças cardiovasculares mais graves, delimitando a zona de trabalho do indivíduo para que não haja riscos à saúde do mesmo”, fala Evandro Felix.
No fim, todo excesso é negativo. Quando o assunto é exercício físico, falamos tanto de uma busca por saúde como por estética. Nada disso está errado, desde que não vire um comportamento obsessivo.
Os exercícios precisam ser uma parte necessária, mas leve, do nosso dia. E não mais uma obrigação chata.
E aí, você sente que a necessidade de alta performance nas redes sociais está afetando até a prática saudável de exercícios físicos no dia a dia?