Nesta quinta (4), morreu Giorgio Armani aos 91 anos. A informação veio através do Instagram oficial da marca, que escreveu: “Com infinita tristeza, o Grupo Armani anuncia o falecimento de seu criador, fundador e incansável força motriz: Giorgio Armani”. A causa da morte não foi divulgada.

Considerado um dos maiores nomes da moda, o italiano fundou a marca em 1975, em Milão, juntamente com o seu marido, Sergio Galeotti. Ele assinou as coleções da Giorgio Armani até o seu último dia.
Ao longo de sua trajetória, Giorgio Armani revolucionou a moda, em especial quando falamos de alfaiataria feminina, sempre com um olhar elegante, minimalista e também desconstruído para as peças. Abaixo, relembre a sua história:
O terno desconstruído
Nos anos 70 e 80, quando os ternos eram rígidos e com ombros muito estruturados, Giorgio Armani apareceu com uma nova proposta. Após fundar a marca em 1975, ele assinou o icônico figurino do filme de “Gigolô Americano”.
O terno do protagonista, Richard Gere, chamou a atenção ao aparecer mais fluido, com um corte sofisticado, transformando a peça em sinônimo de poder e sensualidade.

A alfaiataria feminina
Giorgio Armani ignorou completamente as regras de gênero impostas na época ao levar a alfaiataria para a guarda-roupa das mulheres ainda nos anos 80.
É nesse momento que conhecemos o “power suit”, um estilo icônico de terno com ombros largos, pensados para transmitir autoridade no ambiente de trabalho. Muito mais do que uma roupa, se tornou um marco de comportamento.

O estilista do tapete vermelho
Giorgio Armani ficou conhecido como o estilista de Hollywood, e não apenas através dos filmes, como no tapete vermelho. A primeira a usar um look assinado pelo italiano no Oscar foi Diane Keaton, em 1978. Mas ele já vestiu nomes como Michelle Pfeiffer, Lady Gaga, Julia Roberts, Cate Blanchett, Leonardo DiCaprio, e mais.

Olhar minimalista e elegante
O estilista italiano nunca abandonou a estética minimalista e sofisticada da marca. Mesmo quando a tendência se tornou a logomania, Giorgio Armani seguiu apostando em cores sóbrias e elegância discreta. Essa assinatura acompanhou a essência da marca até o momento.

A era Armani Privé
Em 2005, Giorgio Armani apresentou em Paris a Armani Privé: uma extensão da criatividade e visão do artista sobre a moda, mas com ainda mais exclusividade.
Diferente das outras linhas da marca, a Armani Privé é voltada para clientes de altíssimo luxo, com peças feitas sob medida. Mesmo seguindo com a assinatura discreta, essas peças de gala possuem mais detalhes, cores e brilhos.

Para além da moda
Se engana quem pensa que Giorgio Armani só flutuou pela moda. Ainda em 1982, ele lançou a primeira fragrância da marca, chamado Armani for Women. Dois anos depois, surgiu a versão masculina.
Até hoje, já foram diversas fragrâncias icônicas lançadas. A mais famosa é a Sí, perfume feminino, associado à ideia de sofisticação e liberdade
Já em 2004, ele lançou as fragrâncias da linha Privé, com o objetivo de criar perfumes tão exclusivos quanto os vestidos que confeccionava. Os perfumes são feitos com matérias-primas raras, embalados em frascos minimalistas e luxuosos.
No ramo da beleza, com a Armani Beauty, o estilista também obteve sucesso. O produto mais revolucionário é a base Maestro Fusion Makeup, lançada em 2012 com uma fórmula composta de uma suspensão de pigmentos e óleos, sem água, e com uma textura leve copiada, mais tarde, por várias outras marcas.
