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#MulherÉMuitaGente: Um movimento libertador para garantir um futuro mais igualitário

9 minutos de leitura

Se você é mulher, provavelmente cresceu escutando falas como: “mulher pode isso”, “mulher pode aquilo”. Como se essas imposições determinam quem pudéssemos ser e que só seríamos boas o suficiente se seguíssemos elas à risca. São frases que, de primeira, até parecem inofensivas, mas que, na verdade, nos impedem de sonhar alto e escrever a nossa própria trajetória. 

Por que nós deveríamos nos contentar e aceitar as regras estabelecidas pela sociedade? Quem foi que ousou nos colocar limites? Nós, mulheres, podemos ser, ter e fazer o que quisermos. Somos livres e múltiplas! E nem pense em tentar nos parar… 

Foi assim que nasceu a campanha #MulherÉMuitaGente, do Garotas Estúpidas. “Eu acredito muito na liberdade de escolha. Eu acho que a gente está nesse momento de questionar certas regras, que foram definidas para nós por sabe-se lá quem. E definidas por quê? Nós precisamos questionar isso e entender que temos opções e que as nossas escolhas são apenas nossas”, explicou a chefa Camila Coutinho, que encabeçou o projeto.

Camila Coutinho, criadora do GE

Para seguir com esse questionamento e valorizar a multiplicidade feminina, decidimos inovar neste Dia das Mulheres. Ao invés de celebrar apenas uma mulher incrível na capa da nossa revista digital, que tal mostrar um grupo? 

Por isso, para a sexta edição da revista, decidimos apresentar 12 mulheres reais que se incentivam, se apoiam e se ajudam dia após dia: o time GE, formado por Camila Coutinho, Nelize Dezzen, Carol Vaisman, Cidinha Ikegiri, Camila Anac, Nathalie Billio, Nathalia Destri, Welida Souza, Ryane Leão, Kaká Oliveira, Bruna Valença e Amábile Reis.

Não se engane, elas podem até possuir semelhanças. Mas, o especial dessa conversa não são as coisas que elas têm em comum, e, sim, as diferenças entre o grupo. Uma vez que a individualidade de cada uma é o que constrói a magia da página e entrega a você o melhor conteúdo possível. 

Afinal, a partir desses contrastes, nós criamos um espaço para discussões necessárias sobre feminilidade e conseguimos caminhar juntas para um futuro mais promissor. E, já que debates estão no DNA da marca, nós convidamos essas mulheres para mais uma conversa relevante: como a multiplicidade da mulher pode servir como uma ferramenta de transformação? 

“Eu olho para esses padrões inalcançáveis impostos pela sociedade à mulher, como eu precisar ser uma dona de casa excepcional ou não ter aptidão para negócios, como um desafio. É como se a sociedade estivesse me dizendo que eu não presto para uma coisa e eu preciso dizer para ela que ela está muito enganada. Eu me sinto desafiada, como se falasse: ‘Ok, mundo, você não quer me dar essa chance, eu vou abrir o meu próprio espaço, nem que seja com unhas e dentes”, afirmou Kaká Oliveira, colaboradora de beleza.

Kaká Oliveira, colaboradora de beleza do GE

E Kaká continuou: “Ser de um jeito não me faz melhor ou pior. Cada uma, dentro de si, tem a possibilidade de ser várias versões”.  Ao que, Cidinha Ikegiri, colaboradora de saúde, respondeu: “Acredito no poder da gente se transformar o tempo inteiro, desde que você realmente queira isso. Somos muitas, Somos o que quisermos ser”.

Carol, que cuida do comercial do GE, concordou. “A mulher pode ser mãe, pode ser empresária, pode ser amiga, pode ser filha. Ela pode um dia estar a fim de não fazer nada e, no outro, ela pode estar inspirada. E está tudo bem”, comentou. “Porque o que é ser mulher pra uma, pode ser totalmente diferente pra outra”, complementou Bruna, colaboradora de fotografia e cinema

Carol Vaisman, comercial do GE

Amábile, colaboradora de conteúdo, lembrou emocionada como foi libertador quando as mulheres ao seu redor a ensinaram que podemos ser várias, que podemos mudar o quanto quisermos ao longo da vida, e que ninguém pode nos impedir de ter esse privilégio. 

Amábile Reis, colaboradora de conteúdo do GE

“Após eu passar por uma relação muito difícil aos 19 anos, achei que não sobreviveria. As mulheres ao meu redor me mostraram que tudo é possível, que vivemos numa eterna metamorfose ambulante e que eu podia mudar o que havia me sido imposto, caso quisesse. Se não fosse por elas, eu não estaria aqui. Muito louco pensar o que as mulheres são capazes de conquistar juntas. Se sou o que sou hoje, devo a essas pessoas. Elas são a minha força”, disse. 

Para Welida, colaboradora de beleza, e para Nelize, editora de conteúdo, por exemplo, a força a que Amábile se referiu veio das mulheres da família. “Sou a continuação de uma linha de mulheres potentes, que, antes de se fazer claro o que era feminismo, já eram conhecidas como guerreiras. Vi minhas avós e mães precisando ser fortes e aprendi muito com isso”, pontuou a beauty artist.

Welida Souza, colaboradora de beleza do GE

Assim como a maquiadora, Nelize descobriu o que é ser forte com a mãe. “Lá em casa, nunca teve tempo para muitos lamentos. Se tem um problema, vai lá e resolve. Se não tem como resolver, chore, mas não por muito tempo. Ela me inspira a correr atrás e a me sentir merecedora do que desejo, sem nunca perder a leveza da vida”, contou. 

Nelize, editora de conteúdo do GE

Com esses aprendizados, as nossas 12 capas estendem suas forças a outras mulheres, para que cada vez mais pessoas possam viver sem os julgamentos do que é certo ou errado. Esse acolhimento se torna ainda mais necessário quando pensamos que a vida da mulher nem sempre será fácil, já que é uma montanha russa de emoções e obstáculos diários.  “As mulheres precisam se unir, sim”, falou Carol.

Nathalia Destri, colaboradora de saúde do GE

E que fique registrado que nem é necessário uma fórmula complicada para cuidar de quem está do seu lado. Por exemplo, você pode acolher “conversando, ajudando, compartilhando conhecimento e falando sempre que nós podemos tudo! Exaltar outras não nos torna menores e piores – bem pelo contrário!”, como ressaltou Nathalia Destri, colaboradora de saúde.

Você pode, também, seguir os passos de Nathalie Billio, colaboradora de beleza. “Eu apoio e incentivo muito as pessoas a acreditarem nelas mesmas para irem atrás dos desejos delas. Eu estou sempre incentivando minhas amigas, porque eu quero que elas enxerguem o potencial delas para elas brilharem ainda mais. Acho que é a forma mais genuína de amizade”, ela explicou.

Nathalie Billio, colaboradora de beleza do GE

Sabe qual é o resultado dessas atitudes ao longo prazo? Liberdade! “Foi libertador saber que eu tenho meu próprio jeito de ser mulher, de ser feminina, independente do tamanho e formato do meu corpo, independente do estilo de me vestir, do cabelo que eu uso, da música que eu curto, independente da minha orientação sexual”, disse Bruna.

Bruna Valença, colaboradora de fotografia e cinema do GE

Para Camila Anac, colaboradora de beleza, essa rede de apoio foi mais que libertadora, trouxe esperança. “Nada parece possível para uma mulher negra periferia, viramos refém do sistema e é muito difícil sair do bairro que nascemos e ter a profissão dos sonhos. Hoje, sou a mulher que sempre sonhei e trabalho com o que sempre quis. Desejo ser referência para meninas como eu, para que elas enxerguem a possibilidade de realizar os seus desejos e possam fugir da regra”, pontuou.

Camila Anac, colaboradora de beleza do GE

Então, o que esperamos que as mulheres alcancem no futuro, daqui 1  dia, 1 mês, 1 ano ou 100 anos, com a as suas multiplicidades e as suas redes de acolhimento? Para Nelize, é “que todas atinjam seus objetivos, sem que o sexo biológico delas seja um limitante”. Para Camila Coutinho, é que a igualdade saia somente do discurso e entre em prática.

Para Amábile, é que as regras da sociedade de “a mulher pode isso” ou “pode aquilo” parem de ser excludentes e, ao invés, mostrem para as meninas desde cedo que elas podem ser o que almejam, tudo junto e misturado. 

E, para fechar, Bruna deixou uma mensagem que resume a campanha inteira: “Que daqui pra frente, a gente possa ter mais coragem e garra para seguir as nossas lutas. E que sejamos mulheres mais conscientes umas com as outras. Porque enquanto uma mulher não estiver livre, o resto também não está”, concluiu.

Caso você ainda se sinta pressionada a não quebrar as imposições colocadas sob nós por achar que isso te caracteriza como fraca, pense nessa frase de Ryane Leão: “Te convenceram que desistir é ruim, mas muitas vezes é o gatilho certo para renascer”.

Agora, jogamos a pergunta para você: o que você espera para os próximos anos? Qual é a importância das mulheres na sua vida e como essa rede de apoio te transformou? E, se a #MulherÉMuitaGente, quem é você? Seguimos em frente, de mãos dadas, nesse movimento. 

 

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