Comportamento

Nós estamos esquecendo de nos relacionar? Nunca estivemos tão conectados e isso tem um preço

4 minutos de leitura

Qual foi a última vez que você saiu com os seus amigos para um rolê sem telas? Uma pesquisa, divulgada pelo Institute for Family Studies, apontou que os Estados Unidos estão passando por uma recessão sexual. Sim, é exatamente isso que você leu.

Segundo o estudo, em 2024 apenas 37% dos adultos entre 18 e 64 anos dizem ter uma vida sexual semanal. Essa é uma queda brusca quando comparado com 1990, onde 55% dos adultos na mesma faixa etária alegavam isso.

Entre os mais jovens, essa também é uma realidade. Em 2010, 12% das pessoas entre 18 e 29 anos alegaram que não tiveram nenhuma relação em um ano. Agora, esse número dobrou para 24%. 

Mas isso tem um motivo bem claro: a maneira como nos relacionamos com as pessoas mudou muito desde 2010. Imagine então dos anos 90 para cá: estamos vivendo quase outra realidade e isso se deve, em especial, pela chegada do celular e das redes sociais.

Passamos menos tempo no ‘cara a cara’

A mesma pesquisa afirma aquilo que, de certa forma, já sabemos: o tempo médio gasto com amigos caiu de 12,8 horas semanais em 2010, para 5,1 horas semanais em 2024.

Isso se dá pelo excesso de telas, tema já muito explorado recentemente. Estamos cada vez mais conectados, seja em jogos, redes sociais ou serviços de streaming, e isso afeta (e muito) as interações sociais que envolvem o “olho no olho”.

Mas o que o Brasil tem a ver com isso?

O estudo é focado nos Estados Unidos, isso é verdade, mas a realidade no Brasil não é assim tão diferente. Isso porque o nosso país está entre os três países que mais usam o celular.

De acordo com um ranking, divulgado pela EletronicsHub, o brasileiro passa 9h e 32 minutos por dia no celular. E antes que você nos questione: esse é um tempo considerável.

Em grande parte, usamos serviços de streaming, mas gastamos 22,37% do tempo (todos os dias) no TikTok, Facebook ou Instagram.

É nesse período que nos conectamos com os nossos amigos e, muitas vezes, nos damos por satisfeitos, deixando de lado a conexão física que é tão importante.

Com isso, ficamos mais tempo em casa. Ou seja: não saímos tanto para um papo fora das telas e, dessa forma, deixamos de conhecer novos lugares, viver experiências e até mesmo estar em contato com novas pessoas. Parece que nos esquecemos um pouco de como é se relacionar no presencial.

É claro que a pandemia reforçou ainda mais esse hábito, já que, durante o isolamento social, a única opção era ficar em casa e se conectar com quem amamos via internet.

Esse cenário pode mudar?

O uso das redes sociais se intensificou muito depois de 2020. De lá para cá, tivemos a ascensão do TikTok e a inteligência artificial se tornando muito mais presente no nosso dia a dia. A internet não vai “regredir” e muito menos deixar de ser interessante.

E se engana se você acha que vamos pintar as redes como grandes vilãs: elas são também uma boa fonte de informação e uma maneira de nos conectarmos com o mundo (inclusive, através dos influenciadores digitais). 

O importante aqui é dosar, saber a hora de parar e desconectar um pouco para ficar consigo mesma e entre amigos. Por isso, pega o telefone e manda uma mensagem naquele grupo cheio de pessoas que você ama para marcar um encontro presencial.

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