É uma missão quase impossível não se sentir estressado em nenhum momento da semana. Mas você sabia que o estresse crônico pode ser um problema não apenas para a saúde mental, como também para a aparência da pele? Você já deve ter escutado que o estresse em excesso envelhece. E, acredite, isso não é um mito.

O que é estresse crônico?
O estresse crônico é um estado persistente e prolongado de tensão e pressão, fazendo com que o nosso corpo fique constantemente em alerta. Essa situação pode durar meses ou até anos. É ele o responsável por acelerar o envelhecimento da nossa pele.
“Isso acontece porque a liberação contínua do hormônio cortisol danifica o colágeno e a elastina, reduzindo a capacidade de renovação da pele e aumentando a produção de radicais livres que aceleram o envelhecimento cutâneo”, explica a dermatologista Thais Guerreiro.
Os sinais são visíveis
Além de nos sentirmos mentalmente cansados, o estresse crônico causa efeitos visíveis como olheiras, bolsas sob os olhos, rugas, linhas de expressão, ressecamento, opacidade e flacidez da pele. E esses são apenas alguns dos problemas enfrentados.
Algumas pessoas também podem sofrer com o aparecimento de acnes e o agravamento de doenças como eczema, psoríase, dermatite atópica e rosácea. “As acnes aparecem devido ao excesso de oleosidade estimulada pelo cortisol. Por isso, seguir com a rotina de hidratação da pele e, especialmente, limpeza, é muito importante. Assim, evitamos que as acnes se tornem um problema ainda maior”, diz a médica.

Como reduzir os efeitos do estresse na pele?
Segundo a dermatologista Thais, o primeiro passo é cuidar da saúde mental. “Antes de tudo, a recomendação são as práticas de autocuidado, que envolvem, justamente, o gerenciamento desse estresse no dia a dia. Aqui, estamos falando também de um acompanhamento psicológico e terapêutico.”
A médica ainda orienta que a prática regular de exercícios físicos, bem como uma alimentação saudável e uma boa qualidade de sono podem contribuir muito nesse processo.
Em seguida, é hora dos tratamentos feitos diretamente na pele. Cada caso é único e precisa ser avaliado por um médico de confiança, mas a dermatologista conta as recomendações mais comuns:
“Usar cosméticos hidratantes e com ingredientes que estimulam colágeno, como ácido hialurónico, tretinoina, óleo de oliva e d-pantenol, pode ser crucial. Em outros casos, é válido tratamentos dermatológicos que estimulem a produção de colágeno e a renovação celular, incluindo peelings, laser fracionado, bioestimuladores, e toxina botulínica para rugas”, finaliza.
