Recentemente, Selena Gomez se viu obrigada a falar, mais uma vez, sobre a suposta “rixa” com Hailey Bieber. Dessa vez, a questão envolvia também as marcas de cada uma delas: Rare Beauty e Rhode.
Tudo isso após uma entrevista de Hailey para o Wall Street Journal, onde ela foi questionada sobre comparações com outras mulheres, e respondeu: “É sempre irritante ser colocada em competição com outras pessoas. Eu não pedi por isso.”

É claro que não demorou nada para a internet reagir à fala da empresária. Mesmo que em nenhum momento ela tenha citado o nome de Selena Gomez, era quase inevitável que a relação não acontecesse. No Twitter, o assunto chegou a ser um dos mais comentados.
O tema foi tão abordado que Selena Gomez decidiu sair em defesa de Hailey nas redes sociais. Vale lembrar que não é a primeira vez que algo assim acontece. “Apenas deixem a garota em paz. Ela pode dizer o que quiser. Não afeta minha vida de forma alguma. É só sobre relevância, não inteligência. Sejam gentis. Todas as marcas me inspiram. Há espaço para todos. E, com sorte, todos nós podemos parar”, escreveu Selena.
Uma rixa antiga
Não é de hoje que essa “briga” existe. Ela começou, mais especificamente, em 2014, quando Justin Bieber apareceu em uma selfie ao lado de Hailey Bieber.
Na época, ele disse que os dois eram apenas bons amigos, mas logo isso mudou. Em 2015, eles tiveram um affair. Desde então, Hailey e Justin viveram de idas e vindas, assim como Justin e Selena, que só terminaram oficialmente em 2018.
Ou seja: toda essa briga gira em torno de… um homem!

Um circo midiático arcaico
No começo dos anos 2000, em especial, era comum ver a sociedade colocando mulheres umas contra as outras. Pautas como: “quem vestiu melhor?”, comparando duas meninas diferentes em um mesmo look, eram comuns.
Além disso, estamos acostumadas com aquela rivalidade criada tanto pela mídia, como pelo público, como: Marina Ruy Barbosa e Bruna Marquezine, Angélica, Xuxa e Eliana, Larissa Manoela e Maisa Silva, Ivete Sangalo e Claudia Leitte.
Esse assunto é tão latente que, em 2024, Angélica, Xuxa e Eliana fizeram um discurso sobre rivalidade feminina em rede nacional durante o Criança Esperança. Em seguida, elas celebraram:
“A gente pôde desmistificar a ideia de que não éramos amigas, que havia rivalidade. A gente pôde mostrar a potência feminina e essa união que é transformadora”.
Sempre há um motivo para rivalidade
Quando o assunto em questão não é relacionamento, as mulheres são colocadas como rivais em seus trabalhos, amizades e até mesmo nas redes sociais, através de comparações.
Mas isso tudo não é algo genuinamente nosso, e sim um comportamento que fomos ensinadas desde cedo pela sociedade, que ganha muito quando não nos unimos.
E onde Hailey e Selena entram nisso?
A briga entre as duas furou completamente a bolha. Tudo o que uma disser, será automaticamente relacionado a outra, mesmo que a fala não tenha qualquer ligação direta. Seja isso algo intencional ou não, as duas já falaram o quanto isso as afetam.
A verdade é que a história delas já ficou marcada por essa rivalidade, que pode não ser tão real (muito menos tão intensa) quanto imaginamos fora da internet.
Enquanto isso, as pessoas se dividem entre “Team Selena” e “Team Hailey”, além de uma discussão pública de quem tem a melhor marca de beleza, ou até mesmo sobre quem deveria ter se casado com Justin Bieber. Essa última questão, definitivamente, não é o ponto.
A ideia de colocar duas mulheres famosas como rivais é cômoda. O mesmo não acontece com os homens. Mesmo quando há rivalidade, é algo passageiro, que se fala uma vez ou outra. Por mais que elas não sejam amigas de fato, se a internet apenas se esquecesse da história, será que ela ainda existiria? Talvez, a solução seja justamente essa: esquecer!
