Rosalía comentou, recentemente, sobre a sua vida íntima e acabou intrigando o público. De acordo com a cantora, que está nos holofotes desde o lançamento de “LUX”, ela está vivendo um período de abstinência sexual voluntária, ou celibato voluntário.
A revelação foi feita ao podcast Radio Noia, da Radio Primavera Sound, após Rosalía ser questionada se ela tinha alguma paixão platônica. “Quero deixar claro que não dou mais espaço a paixões platônicas, essa fantasia, essa ilusão que não leva a lugar nenhum. Acabou. Eu, neste momento, estou solteira, volcel”, disse ela.
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É sobre escolha
“Volcel” é a abreviação de “voluntary celibate”, em inglês. E antes que você se pergunte: isso não tem qualquer relação com o termo “incel”, que significa celibato involuntário e está relacionado a diversos discursos hostis de homens em relação a mulheres.
O movimento “volcel” é pautado na liberdade de escolha. Aqui, é importante lembrar que a decisão de viver o celibato voluntário faz parte de uma série de motivos. No caso de Rosalía, ela não abordou os motivos com detalhes. Apenas disse que, no momento, o foco é “eu mesma, minha arte e meu tempo”.
Esse posicionamento da cantora faz muito sentido com a fase que ela está vivendo. Ao que tudo indica, Rosália guardou a sua energia para o trabalho, lançando um dos álbuns mais aclamados pela crítica atualmente, e deixando os relacionamentos de lado.
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Detox amoroso é tendência?
Na internet, diversas mulheres revelaram estar passando por uma fase bem parecida, mesmo sem saber que havia até mesmo um termo para isso.
O movimento “volcel” vem de encontro com outro, que ganhou o nome de “boy sober”, na qual mulheres heterossexuais decidem fazer um detox de relacionamentos amorosos (e até mesmo encontros casuais) com homens.
Você já deve ter reparado um padrão interessante se repetindo: as mulheres não trazem mais como prioridade relacionamentos amorosos e falam com segurança sobre isso.
Conhecer, namorar, casar: tudo isso é uma escolha que pode ser feita com calma, sem pressão. Essa não era a realidade de décadas atrás, quando uma mulher era vista como “fracassada” se não estava em um relacionamento.
Uma pausa, mas não um muro
Apesar disso, escolher não se relacionar e viver o celibato voluntário não significa se fechar para o mundo. A própria Rosália fala muito sobre amor em suas músicas, incluindo no último lançamento, onde ela aborda relacionamentos e suas dores.
Em entrevista ao The New York Times, ela também contou que ama estar rodeada de amigos e familiares e adora ter um companheiro para compartilhar a vida. Mas alguém que faça sentido, claro. E esse é justamente o ponto.
Por isso, não estranhe se Rosalia, em algum momento, voltar a se relacionar. Decisões como o celibato voluntário não precisam ser eternas, muito pelo contrário. Essa pode ser uma fase da sua vida que, com o tempo, pode mudar.
