Paulo Vicelli é diretor institucional da Pinacoteca de São Paulo
O que chamamos de maneira simplista de “arte erótica” sempre fez parte do interesse dos artistas e do público.
Natural portanto, que representações de órgãos sexuais, atos sexuais, corpos sedutores e gestos sensuais sempre fizeram parte da história da arte e quando digo sempre, é sempre mesmo….desde aos povos pré-históricos até os dias de hoje.
De bate pronto, lembramos dos desenhos eróticos nos vasos gregos, nos murais de Pompéia e na sequência de posições do Kama Sutra, esculpida nos templos de Khajuraho, India.
Tão antiga quanto e bem mais perto do Brasil, existiu a civilização Moche ou Mochica, que entre 100 a.C e 800 d.C ocupou a região norte do Peru e registrou em cerâmicas bem elaboradas, aspectos do seu dia-a-dia como a caça, as lutas, os animais e, claro, os prazeres sexuais.
Detalhe curioso é que para esse povo, o ato sexual era mais comum via sexo anal, deixando o vaginal para fins reprodutivos. Foram encontrados diversos vasos, canecas e potes com cenas representando sexo oral, grupal, hétero e homossexuais. Viva os mochicas!
Legendas das fotos:
1 – Garrafa cerimonial do povo moche. Foto @scala.regia
2 – Mosaico de Pompéia
3 – Vaso grego 530 a.C
4 – Detalhe de um dos templos de Khajuraho
Todas as fotos foram retirados da internet. Se você é o autor, por favor, entre em contato para os créditos devidos”