Recentemente, uma entrevista entre Robert Pattinson e Jennifer Lawrence, que atuaram juntos no filme “Morra, Amor”, viralizou nas redes sociais. O motivo? As menções do ator ao filme “Crepúsculo”, onde interpretou o vampiro Edward Cullen.
Entre alguns comentários bem-humorados, o que chamou a atenção foi a mudança de posicionamento de Robert sobre a saga.
Se antes Robert dizia que “ninguém odiava mais ‘Crepúsculo’ do que ele mesmo”, hoje ele brinca com Lawrence quando ela comenta que acha a saga de vampiros e lobos mais legal do que “Jogos Vorazes”. O tom das falas do ator são bem mais nostálgicas, e até carinhosas, se compararmos com o que ele já falou no passado.
Mesmo irônico, ele brinca ao dizer que faria um novo filme da saga: “Claro, com certeza. Seria ótimo”. Ele ainda grita “Breaking News” ao ouvir a máquina de detecção de mentiras alegar que Lawrence estava sendo sincera ao falar de sua preferência por “Crepúsculo”.

Romance que dividiu opiniões
“Crepúsculo” foi lançado há 17 anos e é fruto das histórias de romance da época que tanto faziam sucesso: uma mocinha inocente, um triângulo amoroso e um garoto popular.
Aqui, Stephenie Meyer, autora da saga, ainda trouxe uma pitada “a mais” ao juntar um roteiro bem ‘teen’ com um universo místico. Mas essa história de romance causou a revolta de alguns.
Quem mais criticou “Crepúsculo” foram cinéfilos e especialistas em cinema, detonando a atuação de Robert Pattinson e Kristen Stewart. Além de tudo, a saga mexeu com aqueles que amam histórias de terror e os famosos vampiros clássicos.
O hate como tendência
A verdade é que a saga não foi direcionada para o público citado acima. Era de se esperar que fãs de Drácula e Nosferatu não amariam Edward Cullen, o vampiro “vegetariano”. Só que falar mal de “Crepúsculo”, lá em 2008, virou “moda”.
Mesmo com críticas, o filme ganhou continuação, que lotaram salas de cinema. Stephenie Meyer reuniu também uma trilha sonora de peso, com bandas já conhecidas e consagradas, que chamaram a atenção, como é o caso de “Paramore”, “Linkin Park” e “Muse”, presentes logo no primeiro filme. Essas três bandas, aliás, ainda fazem sucesso, apesar do tempo.
O comeback da saga
O tempo passou e dizer que você odeia “Crepúsculo” hoje é bobagem. A verdade é que vivemos a fase do reencontro carinhoso com a infância e a adolescência dos millennials. Essa onda aparece por todos os lados: do audiovisual, com filmes e séries que marcaram época, até a música.
Até mesmo o movimento emo e gótico, tão criticado no início dos anos 2000, ganhou um novo status e passou a ser muito celebrado.
Esse amor pelo passado é tão grande que não é preciso ir longe para dar de cara com produtos estampados com fotos de Edward, Bella e Jacob. Estamos falando de camisetas em diversas lojas de departamento, coleção de maquiagem e um novo box decorado com todos os livros, de “Crepúsculo’ até o mais recente, “Sol da Meia-Noite”.

O charme dos anos 2000
De repente, o “cringe” se tornou icônico: quem viveu o hype da saga no começo dos anos 2000, olha para o passado com um olhar mais maduro e, claro, afetuoso. Calma, não estamos falando que “Crepúsculo” é o melhor filme já feito até aqui: gostar da saga atualmente traz uma pitada de ironia.
O que estamos dizendo é que os millennials envelheceram o bastante para até reviver algumas obras do passado. Nós também passamos por uma boa reformulação do olhar cultural. Antes, as coisas consideradas “de menina” eram sempre vistas como bregas. Agora, conseguimos mudar um pouco essa realidade. Não existe mais algo “de menina” ou “de menino”, mas sim o que você gosta. Simples assim.
Além disso, é o que Robert Pattinson mesmo disse: “Eu adoro que as pessoas continuam a me dizer ‘’cara, Crepúsculo arruinou os filmes de vampiro’. E eu respondo ‘você ainda tá preso nisso?’. Como você pode estar triste por algo que aconteceu há quase 20 anos? Que doideira!”
