Comportamento

Término de amizade é tão doloroso quanto o fim de um namoro?

3 minutos de leitura

O reencontro de Demi Lovato e da banda Jonas Brothers fez um debate surgir na internet: término de amizade é tão doloroso quanto o fim de um namoro? Esse assunto começou após alguns fãs perceberem que Demi parecia mais à vontade perto de Joe, seu ex-namorado, do que de Nick, seu ex melhor amigo, com quem selou reconciliação após voltar a segui-lo no instagram.

A verdade é que sabemos de vários ex-casais que ainda conversam, como Gwyneth Paltrow e Chris Martin, Lenny Kravitz e Lisa Bonet, Fernanda Souza e Thiaguinho, mas o mesmo nem sempre acontece com o rompimento entre amigos.

A psicanalista Andrea Ladislau fala sobre o assunto: “O término de uma amizade é bem parecido com o de um relacionamento, principalmente quando a amizade é intensa e existe bastante cumplicidade. Quanto mais afeto, intimidade, troca de experiências e identificação, maior será essa dor da separação. Isso acontece porque a ruptura fere o laço emocional e escancara a sensação de abandono. Além disso, o término de uma amizade pode ser um golpe doloroso para a nossa autoestima e autoimagem.”

Então sim: independente do tipo de relacionamento que você tenha com alguém, se o laço for intenso, o sofrimento também será. A sensação, de acordo com Andrea, pode ser similar ao luto. “Quando um relacionamento chega ao fim, não apenas perdemos a presença do outro, mas também uma parte de nós mesmos que estava entrelaçada nessa conexão. O luto da separação é um período de intensa dor, confusão e reflexão.”

O que fazer depois de um término?

Primeiro, é normal sentir raiva e rancor logo em seguida. O importante é não deixar que esses sentimentos dominem a sua vida por tempo demais.

“É necessário cuidar da nossa saúde mental e permitir-se seguir em frente. Conversar com amigos e familiares, fazer atividades que nos dão prazer e procurar ajuda profissional, se necessário, também fazem uma grande diferença na recuperação do equilíbrio emocional”, fala a psicanalista.

Isso porque, por mais doloroso que seja “esquecer” uma amizade ou um namoro, esses términos não nos definem. Além disso, não existe um roteiro fixo ou tempo predefinido para superar essa separação. Cada um tem seu próprio ritmo e maneira de lidar com a perda. É uma jornada individual. À medida que aceitamos e aprendemos com a experiência, gradualmente a dor diminui, dando lugar a um novo começo.

Por fim, chega o momento de ressignificar. “Com o tempo e o apoio adequado, é possível encontrar uma nova perspectiva, pronta para abraçar o futuro com autoestima renovadas”, comenta Andrea.

Muitas vezes, podemos até mesmo descobrir que ainda conseguimos ser amigas das pessoas que nos relacionamos. E aquela amizade antes acabada, pode retornar de outra maneira em nossas vidas, como foi o caso de Demi e Nick. O essencial é entender se aquilo, de fato, te faz bem e aceitar de volta apenas o que ainda tem sentido.

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