Quantos blushes você tem na sua penteadeira: um, dois, mais do que três? A mesma pergunta pode ser aplicada para diversos outros produtos, como máscara de cílios ou gloss, por exemplo. É normal termos mais de uma opção de produtos de beleza (e isso não é um problema): eles podem se diferenciar pela cor, textura, proposta. Mas como saber se já virou excesso?
A ânsia de ter
Quando uma marca viraliza, como foi o caso da Rhode com o famoso blush Toasted Teddy, todo o mercado se molda para ter algo parecido no portfólio e, com isso, surge a nossa curiosidade em testar e saber por qual motivo aquele item é tão desejado. Outro bom exemplo é o Jelly Tint, da Milk, que ganhou diversas versões de outras marcas.
Em pouco tempo, começamos a ver resenhas sobre o mesmo produto em diversos lugares. Então, mesmo que a gente já tenha um blush em casa, passamos a desejar esse item que toda a comunidade de beleza está comentando. No fim, essa é a lógica do mercado, certo?
O resultado costuma ser, para algumas pessoas, o acúmulo de produtos da mesma categoria. Algumas vezes, aquele item que tanto queríamos na época, acaba se tornando mais um esquecido na penteadeira com o tempo.
É aquela frase famosa: “A ânsia de ter e o tédio de possuir”
Até o final
Isso também acontece porque as tendências voam e o hype acerca de um produto, que antes poderia durar semanas, pode deixar de existir em dias. Por isso, simultaneamente aos conteúdos de meninas que mostram as suas coleções de maquiagem, temos os vídeos de mulheres falando sobre os seus itens acabados. Aqueles que elas gostaram tanto que foram usados até a última gota.
Pode parecer que não, mas acabar com um produto de beleza ficou cada vez mais raro, e caso isso aconteça, você tem a certeza de que é algo que valeu muito a pena (e que, inclusive, você pode comprar de novo de olhos fechados).
É óbvio que o acúmulo também tem relação com o poder de compra. Não são todas as pessoas que podem se dar a esse luxo e nós sabemos disso. Mas, mesmo que você não compre, ainda assim pode ser tomada pela vontade de comprar.
Minimalismo
Todas essas questões deixaram ainda mais em alta assuntos como o estilo de vida minimalista. Porém, você não precisa adotar um novo jeito de viver. O que muitas pessoas se perguntam é: será que realmente preciso deste produto?
A resposta é algo que só você sabe: com certeza existirão argumentos tanto para efetuar a compra, como para não comprar. Aqui, independente da escolha, o que vale é fazer isso com consciência.
Impossível de acompanhar
Se a sua escolha não afeta a sua vida financeira, não há problema algum em adquirir. O problema aparece quando, de alguma maneira, aquele consumo acaba atrapalhando outras questões, como: você gasta todas as suas economias em itens que não são necessários naquele momento, mas que tudo ao seu redor te levou a consumir o quanto antes.
Estamos falando de FOMO, sabe? Fear of Missing Out, que significa ter “medo de ficar de fora ou medo de estar perdendo algo”.
Dito tudo isso, voltamos ao tema central: que tal olhar para o que está acumulado na sua gaveta? A proposta é revirar toda a sua penteadeira, se livrar de produtos vencidos (eu sei que você vai achar um batom comprado há 10 mil anos) e entender aquilo que você tem em excesso e o que realmente é necessário. Mas, claro, sem deixar de se mimar.
